Our Big Universe https://ourbiguniverse.com Fri, 07 Mar 2025 16:56:34 +0000 pt-BR hourly 1 https://ourbiguniverse.com/wp-content/uploads/2025/03/ICONE-DO-SITE-150x150.png Our Big Universe https://ourbiguniverse.com 32 32 How to Write 10,000 Words a Week https://ourbiguniverse.com/2025/03/05/how-to-write-10000-words-a-week/ https://ourbiguniverse.com/2025/03/05/how-to-write-10000-words-a-week/#respond Wed, 05 Mar 2025 20:29:46 +0000 https://ourbiguniverse.com/?p=56 Etiam placerat velit vitae dui blandit sollicitudin. Vestibulum tincidunt sed dolor sit amet volutpat. Nullam egestas sem at mollis sodales. Nunc eget lacinia eros, ut tincidunt nunc. Quisque volutpat, enim id volutpat interdum, purus odio euismod neque, sit amet faucibus justo dolor tincidunt dui. Nulla facilisi. Phasellus in tincidunt lacus, in gravida ipsum. Cras id vehicula est, tincidunt pellentesque magna. Etiam porttitor nulla urna, quis vulputate justo euismod ac. Nunc viverra sollicitudin fringilla.

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Guilty For Feeling https://ourbiguniverse.com/2025/03/05/douis-guilty-for-feeling/ https://ourbiguniverse.com/2025/03/05/douis-guilty-for-feeling/#respond Wed, 05 Mar 2025 20:29:46 +0000 https://ourbiguniverse.com/?p=55

     Louis se aproximava do alfa em sua frente, olhando-o por baixo dos cílios longos e naturais. Ele queria muito o que Dominic já sabia bem, só se negava a admitir por talvez… um pouco de timidez. Era improvável de pensar que, em meio a todos aqueles anos juntos, algum dos três tivesse pudor em expressar os seus desejos um com o outro. Louis não tinha esse hábito, mas, seu comportamento era um tanto atípico. Chegava a ser esperado, mas não naquele momento em específico. 

     Louis sorria meigo, e até então inofensivo. Eles estavam falando sobre almoço e organização, então, como tudo foi parar naquele lugar? O loiro repousava uma das mãos na cintura do marido.

— Você é muito guloso, Louis…. — Dominic proferia num tom de voz cúmplice e o ômega franzia o cenho, ainda com o sorriso nos lábios, sendo pego de surpresa. Não adiantaria ele se fazer de desentendido, era apenas uma reação divertida, se traduzindo como um “não acredito que você notou”. Dom mantinha a mesma postura.

— Eu não sei do que você está falando, amor. — Louis respondia meigo e neutro, abaixando os olhos, encarando a camisa cinza clara que Dominic usava. O tom da cor combinava com os olhos dele, chegando até a deixar as íris, naturalmente azuis, um pouco claras e acinzentadas. Louis esfregava um pouco suas mãos nos bíceps do marido, sentindo quase como o seu ventre dar pequenos embrulhos, pequenas vibrações… Ele demorou mais um pouco analisando os braços do alfa, e logo em seguida, voltava a sorrir para ele. — Você esqueceu de me dizer o que prefere amanhã pro alm… — Dominic o interrompia no meio da frase.

— Você sabe bem do que estou falando e não adianta tentar mudar de assunto. — A voz dele era grave. Louis resmungava inaudível, sentindo os dedos fortes do alfa apertarem sua cintura, puxando o corpo pequeno para perto de si. 

— Como eu falei… — Louis suspirava ao sentir seu corpo se colidir ao do loiro. — Eu não entendi, e foi você quem mudou de assunto. — Dominic o apertava mais forte, e dessa vez, Louis não tinha muita brecha pra sair – e ele nem queria mesmo –, agora, sua única escapatória talvez fosse suas próprias palavras. A distância entre os dois agora era minúscula, e Louis era obrigado a tentar baixar os braços, mas, o alfa lhe puxava pelos cotovelos, forçando Louis a se enrolar no seu pescoço. O ômega suspirava novamente. — O que está querendo me dizer? — Dom sorria ladino, exibindo um filete dos seus dentes. Louis poderia começar a gemer ali mesmo, pois era fraco demais para resistir ao sorriso dele. Mas, escolhia não fazer isso, não por enquanto. 

— Estou querendo dizer… que eu notei como você está diferente, assim que voltamos da viagem. — Louis piscava um pouco, respirando fundo. Talvez ele tivesse deixado muito na cara. — Só estou impressionado, preciso admitir. — O alfa mantinha o seu tom de voz sussurrado, mas, ainda sim, grave. Louis apertava os lábios, evitando desviar de fitar o rosto do outro, porém, Dominic impedia, usando a mesma mão que segurava a cintura do menor, para escorregar no seu corpo e apertar um pouco sua bunda. 

  Louis, que sempre foi muito expressivo, entregava muito facilmente o que sentia, no colo dos parceiros. E o mínimo de toque até aparentava ser a primeira vez pra ele. Dominic apreciava bastante aquela característica de Louis, e usufruía o máximo que conseguia.

— Deve ser impressão sua, posso estar diferente por conta do calor, não estou muito acostumado. — Tomlinson respondia ao loiro, que nada mais conseguiu do que sorrir cético para ele. Louis rolava um pouco os olhos. — Está tentando dizer algo que não existe. — Dom subia a outra mão livre até o pescoço do mais novo, reunindo seus dedos bem rente ao pescoço e maxila. Louis não tinha como escapar. De novo.

— Eu conheço você, sei que vai tentar evitar admitir, mas eu te conheço. — Dominic dizia bem próximo ao rosto do ômega, primeiramente encarando os lábios dele, e depois, fitando toda sua expressão. Ele realmente falava sério, mas num tom parceiro, cúmplice, de quem guarda segredos um com o outro e não carrega censura ao trazê-los a mesa. Louis até poderia sorrir de orgulho, por, aparentemente, não estar sendo invalidado, mas, só engolia seco e sentia toda sua pele se arrepiar com os toques do alfa. — Falei que fiquei admirado, porque eu jamais imaginaria… — O loiro escolhia falar suas palavras de forma pausada, espalmando sua mão direita na bunda de Louis e apertando uma segunda vez, lhe arrancando um ofego por detrás dos lábios. Quando o ômega escolhia desviar os olhos pelo toque, Dominic pressionava o seu rosto com os dedos grandes e ágeis. Era por isso que ele tinha escolhido manter a mão ali. 

— Não esperava o que? — Mesmo que a última frase do loiro fosse dita há poucos segundos, Louis escolhia manter o diálogo, e o tom de voz suave e um tanto sedutor – mesmo que não fosse proposital – que ele disse aquilo, fazia Dominic ficar brevemente enfeitiçado. As duas íris azuis se encaravam, mas, de algum modo, o brilho característico do olhar do ômega, alinhado a sua expressão facial suplicante, aumentava a temperatura da interação entre eles. 

— Que depois de três dias te fodendo quase todos os turnos, pela manhã, à noite, algumas vezes à tarde, você voltasse pra casa querendo a mesma coisa. — Dominic não media palavras e escolhia ser bem direto. Louis ficava instantaneamente enrubescido, e mesmo que os seus olhos brilhassem com uma sombra de incerteza e desejo, ele não evitava em apertar os lábios uns nos outros, desviando momentaneamente o olhar, aplicando o processo a distância que os unia. Dom não deixava ele sair dali, o mantinha perto, mas Louis não conseguia encarar o alfa de novo. 

     O loiro apreciava aquilo, ele se sentia rico, um homem que carregava em suas mãos uma joia rara e difícil de mantê-la guardada. Louis sempre reagia exatamente igual a primeira vez. Quando ambos estavam juntos, um na casa dos 20 e Louis com pouco mais de 18 anos. Quando ele nutriam sentimentos curiosos, carregados de anseios, desejo e fragilidade na adolescência. Se passaram praticamente 10 anos e nada mudava entre eles. Nada mudava naquele Louis, no seu Louis. Ele sempre seria o mesmo, e, como se não fosse possível, ainda melhor. Com a chegada da maturidade e o passar dos anos, o corpo deles se moldavam à idade adulta, ganhando contornos ainda mais marcantes. O olhar se tornava mais intenso, os traços mais definidos, e o magnetismo que antes era juvenil agora carregava força e confiança incomparáveis. 

  Quando Dominic falava que estava impressionado, era por diversos fatores. 

— Eu não estou mentindo e o seu silêncio me responde o mesmo, Lou. — Dominic usava a boca para diminuir a distância entre os dois, inicialmente beijando um Louis de cabeça baixa, e depois, erguendo seu rosto junto ao beijo. Era calmo e lento, a princípio, sem pressa. Os lábios quentes de cada um se chocavam um com o outro, e Louis precisava segurar nos bíceps do loiro para não escorregar. Ele ainda se sentia um pouco acanhado, e Dominic poderia explodir de desejo por aquela reação, e principalmente, por sentir seu toque de incerteza. 

 Ele conhecia cada pequeno pedaço do corpo de Louis, até os lugares mais delicados e sensíveis, que somente a frieza de um bisturi e uniforme azul poderia conhecer, então, por que, de algum modo, seu ômega se sentia envergonhado em ser descoberto por querer ainda mais sexo do que habitualmente eles tiveram? 

   Dominic não se dava ao trabalho de entender, por enquanto, ele só sentia. Quando o beijo dos dois foi gradativamente ficando mais quente, úmido e um tanto apressado, Louis separava os lábios aos de Dominic, recebendo um resmungo insatisfeito como resposta. Ele continuava segurando nos braços do alfa, porém, desviava o rosto, mas Dom não gostava daquilo. 

— Eu… — Louis iniciava o que tentava dizer, reunindo palavras para não ser tão ruim quanto pensava. Dom, que estava com os lábios bem vermelhos pelo beijo, prestava atenção ao que Louis dizia, se sentindo um tanto inebriado, confuso, querendo devorar aquele homem em sua frente, mas, escolhendo ouvi-lo. Ele acreditava que cinco segundos já era o suficiente, talvez? — preferi não falar ou fazer nada, achei um pouco desnecessário, não sei. — Ele suspirou frustrado, nem mesmo entendendo se aquilo era frustração ou desejo. Louis se sentia muito quente, mas precisava falar um pouco, mesmo que Dom não achasse necessário. O loiro respirou profundamente.

— Meu amor, eu não entendi, você não precisava se sentir assim, na verdade… Por que exatamente sentiu isso? — O alfa não queria falar, não queria discutir aquilo no momento, só queria aproveitar a temperatura que Louis se nutria contra os seus dedos. Como resposta, o ômega negava com a cabeça e apertava os braços fortes de Dominic. 

— Ah, Dom, igualmente você falou… Já ficamos bem nesses últimos dias e… — Dominic sorria inaudível, só com os lábios, ao ouvir Louis usar aquele termo “ficamos bem” ao invés da palavra chula que ele usou há segundos atrás. — Não sorri de mim, como eu disse… — Dominic decidiu lhe dar um pouco de espaço entre os olhos, confirmando com a cabeça num sinal de “tudo bem, pode falar” e afundava o seu rosto no pescoço e clavícula do menor. — algumas coisas mantemos só entre nós, sabe? — Dom resmungava negando, e Louis não teve outra saída a não ser, instintivamente, segurar os fios de cabelos loiros do marido entre os seus dedos, puxando um pouco. — É porque você não entende. — O tom era um tanto melodramático.

— Não, meu amor, eu não entendo. Eu estou aqui, maluco por você e querendo te partir em mil pedaços em cima dessa mesa… — Ele resmungava contra a pele quente e cheirosa de Louis. — E você me diz que eu não entendo o mesmo desejo que você vem tendo desde que chegamos de viagem? — O ômega falava um rápido “sim”, e era a vez de Dominic suspirar frustrado. A marca que o loiro tinha fincado no pescoço de Louis, ao lado da feita por Harry, era convidativa demais para ele dar um beijo, acariciar, chegar só um pouco mais perto… Mas, realmente, o que Louis falava deveria ser mais urgente e profundo. — Tudo bem, então, o que houve? — Dom perguntava e Louis piscava os cílios confuso, apertando os lábios e podendo sentir o loiro a sua frente começando a ficar quente contra a blusa.

— Pode parecer bobagem, mas, às vezes, me sinto um pouco egoísta. — Dom mantinha a feição neutra, mesmo que ele sentisse que não era muito diferente. “Eu também sou e estou sendo egoísta, Louis, por não querer te ouvir falar, e me desculpa por isso, mas, eu preciso tirar suas roupas em menos de cinco minutos, se não, vou enlouquecer”. Ele pensava aquilo, mas, só ouvia o que Louis dizia. — Ficamos bem ocupados no último mês, janeiro é sempre corrido e mil e um problemas… Talvez eu estivesse pensando só em mim. Mas… — A voz dele era viciante e doce, que encantava muito a Dominic em momentos comuns, mas, naquele momento, o loiro estava quase cego e só queria ouvir aquele tom doce de outras formas… Só poderia ser um feitiço daquele baixinho. — Tudo bem, a viagem chegou e aproveitamos, foi ótimo, é só que… — Era uma prova de resistência cruel para Dominic ouvir aquelas confissões, mas, ele era paciente, confirmando com a cabeça. — Se já fizemos o melhor que podíamos, talvez eu pudesse pensar em outra coisa, Harry tem trabalho e você também, no hospital, estava cansado… Eu também tenho a empresa, as meninas, várias coisas. — Louis sorria constrangido, em partes embolado, e, de novo, Dom sentia sua virilha revirando. — Pensei que poderia estar sendo inconveniente, foi por isso que escolhi omitir e disfarçar. — Louis, ao que parecia, finalizava, e Dom respirava fundo. “Concentração, Sherwood, tem um gostoso frustrado na sua frente e você precisa entender a raiz de tudo isso.”

— Amor… Louis… Você não é assim, sempre foi confiante, me apertava contra a parede e desafivelava o meu cinto quando queria alguma coisa. Isso nunca foi um problema pra mim, e você sabe, nunca foi algo a ser discutido entre nós três. — Dom mantinha o tom de voz sério, e de novo, sussurrado. Louis ouvia atento, com o cenho franzido e confirmava um pouco com a cabeça. — A rotina pode ser corrida, eu tendo mil e uma responsabilidades, mas, eu jamais acharia de mau tom, ter um homem delicioso me esperando em casa e nem me deixando respirar direito por já querer tirar a minha roupa. — Louis sorria um tanto tímido, sentindo os dedos de Dominic apertando sua cintura, dessa vez, adentrando por debaixo de sua blusa. Pele contra pele. — Olha pra mim. — Ele ordenava e aos poucos, Louis o encarava. Por debaixo dos cílios, olhos brilhantes, expressão suplicantes… Era difícil tentar conversar. — Mesmo que você fizesse o que eu acabei de te falar, depois de um cio ou um hut meu, ficando juntos os dias e períodos que fosse. — O loiro falava lentamente, e a cada palavra, Louis sentia seu peito ir aquecendo. — Jamais seria inconveniente pra mim, tudo bem? Não pensa assim. 

— Você jura? Eu estou perguntando e falando sobre nós dois. — O moreno segurava nas laterais do corpo de Dominic, repousando suas mãos uma de cada lado. Ele confirmava.

— Sim, amor, eu juro. E se você tem dúvidas sobre isso com alguém, pode tentar conversar mais tarde. — Louis apertava as sobrancelhas, sabendo a quem ele estava se referindo. — Minha posição é a mesma pra vocês, para dois. E de verdade, sei que não tem nada a ver comigo, mas… Você pode se achar de tal modo por ir de encontro a ele, mas, eu acho pouco, ele te amolou por quase três semanas, mas isso, você precisa ver com ele, não comigo.— Dominic segurava o rosto de Louis com ambas as mãos. Eles estavam quentes. Louis confirmava carinhoso e seus olhos estavam um pouco marejados. Dom era ótimo com conselhos, mesmo que alguns chateassem mais do que outros. — Eu não te acho egoísta, você nem é, na verdade. Sempre está aqui por nós em casa, por outras pessoas também…. Como eu poderia achar você egoísta por ser um grande safado? — Louis negava com a cabeça e começava a sorrir sem jeito.  

— Para com isso. — Dominic voltava a sorrir num filete de dentes e Louis apertava os lábios, sentindo o clima entre os dois, que nem havia se acabado, voltando a esquentar. — Fica sorrindo desse jeito pra mim, seu alfa sem vergonha. — Dom agora assumia uma posição mais leve e convencida, escorregando ao mãos pelo corpo do homem em sua frente, e, ao chegar em seu quadril, enchia as duas mãos, de forma generosa, na bunda do ômega. 

— Você é safado e muito guloso, é por isso que eu sou sem vergonha, você me faz ser assim. — Dominic aproximava os lábios aos de Louis, lançando-lhe um beijo ruidoso e úmido, até então, rápido, quase como um selinho, feito somente para fisgar a atenção e manipular o desejo latente no corpo do ômega. Louis, após o toque, apertava as sobrancelhas, empurrando seu corpo para frente e aceitando ser tomado pelos braços do loiro. O atrito entre os lábios de ambos era quente e barulhento, e, acima de tudo, deixava resquícios de animação na virilha de Dominic. — Seu safado gostoso. — Louis sorria contra o beijo, e o alfa tomava impulso para pegar o moreno de uma vez em seu colo, erguendo-lhe pela cintura. 

— Me leva pro quarto… — Louis dizia com o mesmo tom de voz doce e melodioso que deixava Dominic enlouquecido, quase rosnando contra os dentes, por querer rasgar todas as roupas de Louis exatamente naquele segundo, e não, só no quarto. Mas, ele sabia que precisava deslocar de cômodo, devido a casa ser passível de visitas inesperadas. — Por favor… — Os dois não se beijavam, já que Louis ocupava seus lábios no pescoço perfumado e macio de Dominic, espalhando carícias quentes e molhadas na região, tocando com ternura, contra os fios loiros, o couro cabeludo do alfa. 

     A cozinha vinha ficando quente demais para Dominic, e ele não esperava muito para fazer o que Louis – e ele próprio – também queria. Ambos sorriam no meio do caminho e chegava a ser um tanto engraçado como, em momentos bem específicos, eles agiam quase como os adolescentes que eram quando mais jovens, não deixando de lado aquela temperatura carismática, confiante e amorosa entre eles se esvaziar com o tempo. 

     Dominic escolhia o quarto mais acessível, pelo acesso rápido da cozinha, adentrando no seu próprio quarto. Louis dava um pequeno sorrisinho, contando alguma piada interna entre eles e se questionando por que, na maior parte das vezes, ele sempre escolhia o seu quarto. Dominic respondia algo não muito convincente, com voz rouca, tratando de trancar bem a porta atrás de si, usando dedos ágeis. Louis escapava das mãos dele, e, por consequência, braços, escorregando pelo corpo forte do marido e sentindo a diferença de altura influenciar na interação entre eles. Isso não impedia que as coisas se desenrolassem, mesmo que fosse engraçado e eles sorrissem. Louis adorava sorrir com os seus alfas, naqueles momentos íntimos.

     As mãos pequenas, mas ágeis de Louis, trabalhavam em desabotoar os botões da calça de linho usada por Dominic, cuidando de ser generoso no processo e afagar com domínio o membro enrijecido do loiro detrás dos panos. O alfa tensionava, e Louis sorria um pouco.

— É assim que você gosta que eu faça, amor? — O moreno perguntava com a voz lenta e sedutora, arrancando uma mordida nos lábios por parte de Dom, e o ômega, agora, conduzia Dominic até a cama, lhe empurrando contra o colchão. Agora somente de boxer, Louis tinha um controle maior sobre o alfa, subindo em cima do seu corpo para que eles retornassem aos beijos calorosos e intensos. 

     Dominic apossava suas mãos das nádegas de Louis, não gostando delas ainda estarem cobertas pelo tecido do short. Espalmando os dedos contra as coxas do ômega, o loiro apertava, estapeava e acariciava toda a região, deixando o homem fazer o que quisesse com ele, apenas por um tempo, apenas por um momento. Pressionando o quadril contra a virilha do alfa, Louis recebia um gemido mais expressivo vindo dele, e não era em vão, já que o membro grosso do alfa dava sinais de ereção mais aparente, ficando mais rígido por debaixo do pano – naquele momento, esticado – da sua peça íntima branca. Louis gemia contra o beijo, resmungando diversas carícias contra a pele quente e naturalmente perfumada do seu loiro, o que eventualmente lhe dava como respostas, sorrisos sedutores e convencidos. Tomlinson adorava aquilo. 

     Agora, estando definitivamente sentado no colo do homem, Dominic se colocava com o tronco em pé, tirando a blusa cinza num movimento rápido, típico de uma rotina agitada e repleta de sexos repentinos e urgentes com seus maridos, muitas vezes necessitando retirar suas peças de roupas com destreza. Louis fazia o mesmo com sua blusa, e ambos estavam apenas com peças de baixo. 

     Dominic era forte e grande, por isso, a sensação de sentar em seu colo era muito confortável e, ao mesmo tempo, deliciosa. Era como ser tomado pelos braços mais confortáveis e quentes, e ainda assim, ter espaço para se sentir liberto e ter onde trabalhar, como quisesse, caso o alfa quisesse. Isso acontecia no momento. Eles não tinham pressa, muito embora a rotina agitada de ambos exigisse isso, as rapidinhas não eram superficiais, e como a provável transa dos dois naquele exato momento também não seria, eles tinham tempo de aproveitar do corpo um do outro… Assim como da primeira vez.

— Você ainda me deixa maluco, Louis… — O ômega, que agora recebia beijos quentes e molhados no pescoço, arfava suplicante e de olhos brevemente fechados, tanto pelos carinhos, quanto pela voz e confissão do homem. — Tenho com o que me ocupar no trabalho, mas você não sai da minha cabeça, não consigo parar de pensar em você gemendo gostoso no meu duvido. — Dominic se referia aos últimos dias que eles tiveram na viagem. Ele apertava fortemente as nádegas do mais novo, induzindo os seus movimentos lentos, que Louis já vinha começando a realizar, em seu colo. 

  A fricção era excitante e calorosa, arrancando gemidos de ambas as partes. O alfa era possessivo com suas mãos, e agora, prendia a mão direita na nuca do moreno, podendo conduzir para onde e como depositaria os beijos no pescoço dele. Ao passar a explorar e beijar o lado oposto, Louis não conseguia ficar muito quieto, apertava os ombros do alfa e se esfregava ainda mais forte em seu colo, sentindo o membro do marido definitivamente lutando contra a boxer. Pela umidade, ele também imaginava que um pouco do seu pré-gozo começava a lubrifica-lo.

— Eu quero muito você, Nickie… — Louis desviava dos beijos depositados em seu pescoço e procurava debilmente os lábios quentes e carnudos de Dominic. Ao se encontrarem, pela milésima vez naqueles minutos, ambos gemiam contra o beijo, por ambos os lábios estarem quentes e levemente secos, ganhando uma umidade provocadora, obedecendo o ritmo do beijo. Aquilo era demais para os dois, o próximo passo eles sabiam bem qual seria, mas adiavam um pouco, por tudo estar se construindo deliciosa e lentamente. — Quero você sempre e todos os dias. — Em meio aquelas confissões únicas, Louis separava os lábios deles, se pondo de pé na frente do alfa. 

    O moreno levava uma das mãos do marido consigo, ao ficar de pé, induzindo os toques que ele deveria fazer, muito embora Dominic fosse muito prático de saber para onde levar suas carícias. Era apenas para solidificar o toque entre eles. Louis queria se certificar de sempre estar lhe tocando, o máximo que conseguisse. 

  Virando de costas, Louis se abaixava um pouco, de forma proposital, para tirar o seu short preto da cintura, sendo lerdo no processo, quase como fingindo que ele não conseguiria tirar a roupa sozinho. Dominic espalmava suas mãos pelas nádegas do moreno, suspirando ao ver a tatuagem de coroa no final da coluna dele, ganhando um brilho reluzente contra a pele naturalmente bronzeada de Louis. 

   O loiro apossava as mãos do pano, afundando bem os dedos no elástico, puxando os dois tecidos de uma vez. Agora, o short e peça íntima de Louis deslizavam por suas pernas, e enquanto o ômega ainda mantinha sua posição inclinada e empinada para tirar as peças, Dominic se curvava para frente, indo de encontro as próprias mãos, beijando as costas e posteriormente, nádegas de Louis, sem nenhuma cerimônia. Ele apreciava, como nunca, aquela parte viciante do corpo do marido, passando aos mãos pela sua cintura, tocando a barriga, acariciando cada parte do corpo que conseguia. 

— Todo meu, só meu… — Louis mordia os lábios ao ouvir a confissão possessiva de Dom, tratando de confirmar com palavras positivas, que sim, era só dele. O loiro passava mais alguns segundos beijando a carne da bunda de Louis, terminando, por fim, por bater a região com um tapa surpreso, forte e estalado, fazendo o ômega saltar repentino e dolorido, mas muito satisfeito. 

   Dominic o conduzia para que Louis sentasse em seu colo, ainda de costas. Ao fazer isso, o loiro abria bem as pernas do homem, levando sua mão direita até o membro endurecido dele. Louis arfava pelo toque e também pela onda de prazer direto lhe atingir em cheio. Agora segurando sua mão no antebraço definido e musculoso de Dominic, Louis sentia ele iniciar a fazer movimentos de uma masturbação lenta e eficiente. Virando o rosto de lado, os lábios deles se encontravam, e o que deveria se tornar um beijo, passou a ser uma mistura de toques um tanto bagunçada, já que Louis gemia desconexo contra a pele clara de Dominic. Como esperado, o ômega ficava inquieto, portanto, os movimentos de sua bunda desnuda se friccionavam prazeirosamente em cima do membro do alfa. Ele queria muito estar livre daquela boxer, mas, por enquanto, precisava se preocupar com Louis. 

  Após um tempo naquelas carícias e amassos, Louis erguia seu corpo quando sentia seu membro sensível demais contra os dedos de Dominic. Ele gostaria de chegar ao seu ápice com Dominic lhe investindo bem, e não agora. 

    Ao se erguer e ficar frente a frente com o loiro, Louis sorria e passava inconscientemente a língua entre os lábios, ao ver a sua situação: de lábios avermelhados e carnudos entreabertos, os cabelos um pouco bagunçados, feição um tanto atordoada e suplicante pelo momento que os dois estariam juntos, encarando o ômega com ternura e desejo. Tomlinson poderia fazer o que fosse preciso nesse mundo para ter aquele par de olhos claros lhe encarando daquela maneira sempre que possível.

— Oh, meu amor… — Louis carregava sua voz de carinho e anseio, deixando um toque de fragilidade ali no meio. — Não pense que esqueci de você, eu nunca esqueço. — Dom suspirava em resposta às palavras do marido, acariciando lentamente o antebraço dele, ao vê-lo se levantando. Os dois se fitavam. — Você fica ainda mais lindo quando implora, quando olha assim pra mim. — Louis depositava um beijo rápido nos lábios vermelhos do alfa, ele adorava fazer aquelas confissões e elogios, pois funcionam muito bem com Dominic. 

      Naquela fração de segundos, o ômega tateava debilmente o membro bem ereto do mais velho, especialmente a glande bem úmida, contra o pano da boxer. Dominic gemia contra o beijo e se afastava do toque de lábios para liberar seus ruídos de prazer. Aproveitando daquela distância, Louis se apoiava nos joelhos do loiro, escorregando sua mão pelo peitoral definido dele, tratando de ser bem atencioso e cuidadoso com o membro do alfa, que lhe esperava, lhe aguardava, quase lhe implorava por carícias. Louis não tinha intenção de tirar a boxer do marido por agora, e mesmo que o ômega quisesse muito ter Dominic inteiro dentro de si, ele poderia esperar um pouco, só para ver e sentir o loiro um tanto agoniado por ser um pouco torturado nos próximos segundos. 

      Abaixando o elástico do pano, o movimento era o suficiente para liberar apenas o membro completamente ereto de dentro da peça íntima. Aquilo era ótimo para Dominic que realmente precisava de um alívio, apoiando suas mãos no colchão da cama. Louis evitava contato entre olhos, por enquanto, e não perdia muito tempo, conduzindo seus lábios até a glande inchada e avermelhada do alfa. Ele, por reação, puxava o ar entre os dentes e gemia rouco, enrijecendo as coxas ao sentir a boca quente e macia de Louis lhe abrigar suficientemente bem. O ômega fazia movimentos lentos no começo, sugando generosamente a glande gotejante, a sentindo pulsar contra a língua. 

      Pressionando um pouco mais os lábios para baixo, Louis fingia ter perdido controle e o tecido da boxer engolia metade do membro de Dominic novamente, obrigando o moreno a parar o que vinha fazendo. O alfa suspirava frustrado, ofegante e suplicante, umedecendo e mordendo os lábios na mesma intensidade, se comportando bastante inquieto com o falso descuido de Louis. Após erguer o membro de Dominic nas mãos, Louis voltava a abriga-lo na boca, indo, bem devagar, até um pouco mais que a metade, apertando bem seus lábios no trajeto. Dominic tensionava seus músculos com aquele estímulo, levando sua mão direita até as madeixas morenas do ômega, lhe ajudando a conduzir os movimentos de vai e vem em seu membro duro e sensível. 

      Louis, dessa vez, lhe encarava de baixo pra cima, com aqueles olhos brilhantes e tão suplicantes por estar sentindo e oferecendo prazer. Dominic podia traduzir aquele olhar, assim como entendia qualquer exame laboratorial, era um tanto cômico fazer essa comparação, mas ele sempre foi graduado em conhecer os maridos. 

— Ah, Louis, porra… — O loiro ofegava rouco após o homem sugar exclusivamente sua glande, lhe prestando uma atenção generosa, enquanto trabalhava agilmente com a mão esquerda no restante da extensão. Louis gemia contra aquele oral, por também sentir um prazer imenso em ver seu loiro naquele estado, expressando bem o quanto ele queria ser generosamente investido, após finalizar aquele trabalho. Dominic sabia e também queria o mesmo. 

      Alguns segundos depois, Louis sabia que aquela preliminar bastava entre eles e largava a glande do alfa num estalo molhado e obsceno. Dominic o erguia pelo cotovelo, subindo o corpo do ômega de encontro ao dele. Ele sabia bem do pouco de tortura que o moreno tinha lhe feito passar, mas, não deixaria aquilo em branco. 

   Sherwood se punha de pé e rapidamente tirava sua própria boxer. Ele sentia o desejo de dominar Louis muito bem daqui pra frente, por isso, não tinha muita cerimônia em relação aquele desejo. No quarto do alfa, não era tão usual deles terem lubrificante, mas, ele se lembrava bem de ter guardado um frasco quase no fim, na última gaveta da cômoda. Ao encontrá-la, ele despejava um pouco em seu próprio membro, não tinha cheiro nem gosto, porque ele não curtia muito de fragrâncias perfumadas – motivo pelos quais ela estar quase acabando, por ele usar muito –. Louis franzia o cenho.

— Amor, eu acho muito pouco e… — O ômega dizia com o mesmo tom de voz sussurrada e repleta de desejo, olhando primeiramente para o membro muito convidativo de Dominic, e depois, para o rosto dele. O loiro lhe interrompia, logo em seguida.

— Deita de quatro na cama, com a bunda pra cima, o rosto no colchão. — Louis abria um pouco os lábios, surpreso, piscando os cílios um tanto confuso. Por que ele tinha que ser tão direto, algumas vezes? Dom continuava distribuindo o lubrificante transparente em seu membro, este ganhando cada vez mais um contraste brilhante contra a luz, por conta do conteúdo viscoso. A cena era tão obscena, que nem mesmo se Louis se concentrasse por segundos completos, futuramente, conseguiria descrever exatamente como aconteceu. O ômega respirava fundo, resmungando contra os seus próprios lábios, um tanto inquieto e frustrado. — Não me faz repetir, faz o que eu mandei. — Louis confirmava com a cabeça, não demorando muito em se preparar e se dispor na cama, da forma como o loiro pediu.

      Ele ficou um tanto chateado pela forma, até então um pouco rude, que Dominic se dirigiu a ele, enquanto há alguns minutos atrás, o alfa se comportava de forma tão doce e pidonha, suplicando por Louis fazer algo, de maneira até inofensiva. Agora, ele era ríspido e mandão, e tudo bem que esse fosse um temperamento de um alfa excitado, por regra, mas o seu Dominic poderia sei lá… Talvez não ser tão duro. Especialmente por saber que Louis estava com o humor um tanto delicado. 

       Em meio a suspiros e anseios calorosos, Louis apoiava seus joelhos e mãos no colchão da cama. Primeiramente, ele fixava os joelhos, empinava o seu quadril, e depois, escorregava lentamente seus braços pelo lençol, deitando de forma confortável no estofado, sentindo o cheiro característico do seu alfa nos lençóis limpos e organizados na cama. Do outro lado, Dominic observava toda a cena, enquanto espalhava o lubrificante em seu membro, o deixando quieto por alguns segundos, sentindo seu corpo contestar a pausa. 

— Pernas abertas, Louis, você sabe ser teimoso quando quer. — Dom falava num segundo tom de contragosto e impaciência, suspirando pesado. Na verdade, o alfa estava maluco de tanto desejo por Louis. Ele sentia seu corpo borbulhar de tesão, lutando para não se desfazer apenas em suas mãos, já que o efeito que Louis fazia, ao estar deitado, de costas, com o corpo maduro, delineado, definido, pele bronzeada, quente, brilhante e também esperando por Dominic, não era dos melhores para o mais velho digerir e manter-se lúcido. 

      Louis apertava os lábios e as sobrancelhas numa feição magoada, não abrindo as pernas, como Dominic havia pedido. Era querer demais, ou até quem sabe, querer só do jeito dele, enquanto Louis foi tão carinhoso e amoroso… Dominic poderia ficar chateado, e tudo aquilo acontecia em menos de 10 segundos, mas, o moreno não fazia o que ele queria. 

      Dominic apertou os olhos por um instante, seu maxilar tenso ao ver a resistência silenciosa de Louis. O ômega ainda estava na posição que ele queria, mas não da forma que ele ordenou. Era quase sempre assim, Louis adorava testar os limites, adorava ver até onde poderia ir antes que Dom perdesse um pouco da paciência. Mas agora? Agora não era o momento para isso. Ambos estavam tão excitados, tão ansiosos por um sexo que atendesse suas vontades, e não só isso, algo muito bom, prazeroso, que arrancasse os melhores ruídos de prazer. Talvez Louis estivesse pensando em algo diferente do objetivo, então, se era para ser assim, Dominic aceitava que assim seria.

      Louis sentiu o colchão afundar quando Dominic se inclinou sobre ele, os dedos firmes deslizando por sua pele quente. Passeando pelas pernas, que Dom tanto amava, pelas nádegas, depois pela cintura… Após acariciar silenciosamente aquela áreas, o loiro sorria um tanto maldoso. O coração de Louis batia rápido, antecipando o que viria a seguir, mas ele foi pego de surpresa quando Dominic pressionou suas coxas juntas, impedindo qualquer movimento de separação.

— Agora você vai aprender, meu amor… — Dominic falava audível e rouco, tendo sua voz carregada de desejo e provocação. — Você quis ser teimoso, eu estava pensando no melhor para nós dois, para você… Mas, se você quer assim…

      Louis se pegou surpreso e suspirou frustrado, tentando reverter um pouco a situação e abrir minimamente as pernas, buscando espaço para se acomodar melhor, para correr atrás do prejuízo. O que ele realmente faria? Ainda dava tempo… Negativo. As mãos do alfa apertaram seus quadris com firmeza, segurando-o no lugar. Louis estava completamente vulnerável, com as coxas fechadas, seu corpo quente e pulsante contra os lençóis. Então, Dominic se inclinou, apoiou suas mãos na cintura do mais novo e passou a língua entre as suas nádegas. 

      Louis engasgou no próprio suspiro, soltando um gemido arrastado, ele escapando de sua garganta antes que pudesse se conter. Ele foi pego de surpresa e desprevenido. A sensação quente e molhada o atingiu como um choque elétrico, e ele enterrou o rosto no colchão, gemendo manhoso, os dedos apertaram o tecido como se precisasse de algo para se segurar, enquanto Dominic continuava fazendo o mesmo movimento em sua entrada, usando apenas sua boca. Dominic explorava cada centímetro, sem pressa, saboreando-o da forma mais intensa possível. A posição de pernas fechadas tornava tudo mais apertado, mais sensível, fazendo com que cada movimento da língua do alfa arrancasse arrepios e espasmos involuntários de Louis.

— Não teria sido mais fácil só ter me obedecido? — Dominic sussurrou contra sua pele, especialmente, contra a pele do final de sua coluna, já que o alfa deixava uma pequena mordiscada no local. Sua respiração quente fazia o corpo de Louis se contrair. 

  O ômega não conseguia responder, só conseguia gemer confuso, decidindo confirmar com a cabeça, só para não dizer que não falou nada como reflexo. Dominic sorriu satisfeito pela situação desorientada do marido, sentindo o seu próprio membro dar pequenos saltos de prazer. O alfa voltou a provocá-lo, deslizando a língua em círculos, brincando com a sensibilidade recém-desperta. Sua respiração estava pesada, seu próprio corpo ardendo de desejo, mas ele queria prolongar aquilo o máximo possível, queria ver Louis desmoronar completamente sob seus toques, ou ver até onde ele aguentaria se manter de pernas fechadas, como decidira permanecer. 

      Como resposta instantânea, Louis se remexeu, tentando buscar mais contato, mas Dominic apenas apertou suas coxas novamente, mantendo-o no lugar, estapeando sua nádega, gostosa demais para naquele momento estar lhe dando um trabalho daquele tamanho. 

— Quieto. — O tom rouco do alfa era ao mesmo tempo autoritário e carregado de luxúria. Louis soltou um som entre um gemido e um resmungo suplicante, sua mente enevoada pelo prazer e pela frustração de não poder fazer nada além de sentir. E então, Dominic aprofundou a investida de um dos seus dedos, explorando-o com precisão, alternando entre mordidas nas nádegas do moreno, e toques um pouco cuidadosos e lentos em sua entrada, apenas para vê-lo se contorcer sem saída, e claro, lhe preparando para o que viria daqui a uns segundos.

      Louis arfava, seu corpo inteiro tremendo, seus lábios entreabertos em súplicas que não conseguia formar. O toque era um tanto doloroso, por não ser acompanhado de lubrificante, somente da pouca lubrificação da saliva do loiro. Dominic sentiu cada reação e apenas intensificou sua provocação, sugando suavemente a pele sensível de sua pele morena antes de voltar a deslizar dois dedos com precisão onde sabia que o ômega queria mais. A posição de pernas fechadas, que antes parecia um castigo, agora se transformava em uma tortura deliciosa. O aperto deixava tudo mais intenso, mais desesperador, e Louis sentia que perderia o controle a qualquer instante. Ele realmente precisava abrir as pernas, e se arrependia por não fazer isso antes, já que agora, o atrito dava pequenas pontadas de dor… Dominic afastou a boca por um momento, passando a língua pelos próprios lábios, saboreando a vista enquanto sorria satisfeito com o que via. 

      Louis estava bem melhor do que o loiro esperava.

— Eu poderia continuar assim por horas, só pra te ensinar a nunca mais me desobedecer, já que às vezes, pode passar pela sua cabeça que eu, justamente eu, não mando em você. — A voz do mais velho era grave e autoritária. Louis arquejava resmungando, protestando, olhando para ele por cima dos ombros, sentindo sua cabeça girando. 

      Ele sabia que Dominic falava sério, e o controle dele sobre Louis ia muito além da cama, muito embora, em alguns momentos, se fazia ainda mais acentuado lá. Naquele momento, Louis percebeu que, se tivesse obedecido desde o começo, talvez já estivesse nos braços do alfa, sendo preenchido por completo, do jeito que queria, com uma lubrificação confortável… Mas agora? Agora ele estava à mercê de Dominic, de novo… Não precisava demorar tanto, e ele sabia que não iria, mas, a situação era um pouco desafiadora e lhe deixava ansioso demais. 

      O alfa sabia exatamente como fazê-lo expressar aquela agonia. Desde a ordem de Dominic para Louis abrir as pernas, até o atual momento, não passaram mais do que 3 minutos, mas, para Louis, aparentava ser uma tarde inteira. O ômega já estava quebrado, seu corpo tremia sob as mãos possessivas do loiro, os dedos cravados no lençol, a respiração entrecortada em pequenos soluços de puro desespero. Ele ainda sentia a boca quente do alfa em sua pele, a língua pecaminosa que o deixou mole e vulnerável. 

     Como ele odiava Dominic, em alguns momentos… 

  E como se não bastasse, Dominic o torturava de um jeito ainda pior. Lhe pegando de surpresa. De novo. Alfa desgraçado. Louis praguejava na própria mente.

      O moreno percebia as mãos do alfa ainda paradas em seu quadril, acompanhadas do movimento devagar e muito sútil que ele fazia de encontro ao corpo um do outro. Dominic pressionou a glande lubrificada (natural e intensificada pelo lubrificante) e quente contra a entrada avermelhada de Louis, se introduzindo ali bem devagar. Tão devagar que o ômega soltou um gemido trêmulo, seu corpo inteiro reagindo à invasão lenta e deliciosa. 

     Dominic não tinha pressa. Cada centímetro que o preenchia era controlado para que Louis sentisse tudo. Cada pulsação, cada fricção, cada instante em que Dominic tomava mais dele pra si mesmo.

   Louis tentou se mover, rebolar contra ele, apressar as coisas, mas as mãos do alfa apertaram sua cintura com firmeza.

— Não. — A voz de Dominic veio rouca, carregada de prazer e dominação. — Você não vai fazer o que quer. — Louis gemeu, desesperado e um tanto agoniado. O desejo era insuportável, a lentidão de Dominic o fazia arder de necessidade, o fazia sentir cada nuance do prazer sem poder buscar mais porque ele apertava suas pernas. 

  O alfa resolveu sair quase completamente, deixando apenas a glande roçando contra sua entrada, e então afundou-se de volta, devagar, arrastando-se contra Louis com uma precisão cruel.

— Dom… — O nome saiu como uma súplica, um fio de voz cheio de desespero e exatamente no mesmo tom que o loiro tanto apreciava e gostava de ouvir. Doce e gentil, bem rendido… Dominic sorriu, curvando-se para frente, respirando fundo contra a pele quente do ômega, cheirando seu pescoço.

— “Dom”, o quê? — Ele investiu novamente, mantendo o ritmo agonizante, fazendo questão de sentir Louis estremecer a cada centímetro que voltava para dentro. — Seja claro, meu amor. 

   Louis apertou os lençóis com mais força, seus lábios tremendo. Ele precisava de mais. Precisava que Dominic se movesse de verdade, que tomasse seu corpo sem piedade, que parasse com aquela provocação, de uma vez por todas. Seu corpo borbulhava de calor. 

   Mas o alfa não cederia sem ouvir exatamente o que queria. Dominic parou outra vez, pressionando forte contra a entrada de Louis, sem se mover um só momento, apenas sentindo ambas as partes pulsando uma contra a outra. Louis engasgou no próprio suspiro, um gemido arrastado escapando de sua garganta. Seu corpo implorava silenciosamente, sua pele suava e arrepiava denunciando sua necessidade.

— Por favor… — Louis sussurrou, o rosto pressionado contra o colchão, dizendo com a voz arrastada e ofegante. — Me fode, Dominic, não aguento mais. — Louis suspirava e o alfa riu baixo, arrastando os lábios pela curva de sua nuca.

— Isso não foi convincente o suficiente, amor. — Aquele loiro canalha conseguia sair, muitas vezes, da poltrona de anjo angelical, para sentar na poltrona do próprio demônio maligno e maldoso. Louis se sentia um pouco irritado, quase grunhindo num resmungo fino e irado. Ele fechava os olhos com força, sua mente nublada de prazer e frustração. Ele estava completamente à mercê de Dominic, o alfa sabia disso e brincava com ele de forma muito impiedosa. Aquela frustração fazia com que Louis nutrisse um sentimento embolado no próprio peito. Então, ele se entregou.

— Por favor, Dominic, me fode mais forte. Me faz sentir prazer de verdade, eu preciso… eu preciso tanto… Que inferno. — Ele choramingava, sentindo seus olhos e peito arderem, apoiando suas mãos no colchão, pronto para se levantar ou minimamente sair daquela situação, ao contrário, iria explodir.

  A confissão era tudo o que Dominic queria ouvir. E dessa vez, ele não teve piedade ou mais demora, ele também queria muito aquilo. 

  O ritmo lento e intenso se transformou em algo voraz. Dominic segurou sua cintura com firmeza e deixou seu peso cair ligeiramente sobre Louis, sentindo o calor do corpo do ômega sob suas mãos. Sua respiração estava pesada, cada músculo de seu corpo tenso de desejo. Ele posicionou-se melhor, a glande escorregando contra a entrada sensível de Louis, sentindo a forma como o ômega tremia abaixo dele, vulnerável, entregue. A ponta do seu membro deslizou lentamente para dentro, abrindo-o devagar, forçando-o a sentir cada centímetro enquanto Dominic se acomodava dentro dele. 

    O alfa respirou fundo, os dedos apertando a cintura de Louis, os olhos semicerrados ao sentir o aperto delicioso ao seu redor. Louis arfou e gemeu arrastado, sentindo satisfeito e expressando aquilo em seu rosto. Suas unhas arrastavam-se pelos lençóis, sentindo-se preenchido centímetro por centímetro. Ele estava sensível demais, o corpo pulsando em resposta ao avanço cuidadoso de Dominic, seus músculos internos se contraindo involuntariamente ao redor dele, como se tentassem segurá-lo ali para sempre.

    Sherwood, então, gemeu baixo ao sentir aquilo, seus dedos deslizando pela pele quente e arrepiada de Louis, que continuava lhe respondendo em gemidos.

— Você é tão gostoso, Lou… — Dom murmurava, sua voz sendo um rosnado rouco contra a nuca do ômega. — Eu amo te ver assim. — Louis apenas soltou um gemido manhoso, rebolando de leve contra ele, incentivando-o a continuar. Dominic prosseguia se movendo devagar, explorando o interior apertado de Louis com estocadas longas e arrastadas. Ele saía quase completamente, apenas para deslizar para dentro de novo, dessa vez um pouco mais fundo, um pouco mais intenso.

     Louis sentiu os olhos arderem e marejarem aos poucos. Era muito, mas ao mesmo tempo, não era o suficiente. O ritmo lento o torturava, cada estocada arrancando arrepios de prazer que se espalhavam por sua pele.

— Ah, Dom, isso, sim… — Louis arfava necessitado, o corpo inteiro pulsando. O alfa respondeu com um gemido grave, deslizando uma mão pela lateral do corpo de Louis, apertando sua carne com força.

 Ele aumentou o ritmo gradualmente, cada investida se tornando mais firme, mais profunda. O som de suas respirações ofegantes se misturava ao barulho úmido e indecente de pele contra pele, o ambiente se tornava quente e pesado de desejo. Dominic fechou os olhos por um momento, saboreando a sensação de estar dentro dele, a forma como Louis se ajustava ao seu tamanho, o calor delicioso que o envolvia.

    E então, sem nenhum aviso, ele empurrou um pouco mais forte.

    Louis gritou, sua cabeça caindo contra os lençóis, as pernas trêmulas. Dominic sorriu contra sua pele, satisfeito, começando a investir com força, cada estocada profunda e certeira, arrancando de Louis gemidos altos e suplicantes. O ômega se desmanchava debaixo dele, o prazer explodindo em ondas avassaladoras. Dominic não parava, não diminuiu o ritmo, apenas o levava cada vez mais fundo, mais intenso, mais insuportavelmente bom.

 O ritmo de Dominic era avassalador, agora suas investidas tornaram-se erráticas, os movimentos desesperados, buscando aquele último impulso que o levaria à explosão inevitável. Louis sentia cada pulsação dentro de si, cada estocada atingindo-o fundo, esbarrando naquele ponto que fazia sua visão escurecer por segundos, que o fazia gemer alto sem se importar com mais nada.

 O corpo do ômega reagia instintivamente. Sua entrada contraindo-se em espasmos descontrolados ao redor do membro grosso de Dominic, prendendo-o ali como se não quisesse soltá-lo mais. O ômega estava à beira do colapso, o prazer acumulado incendiando cada nervo do seu corpo. E, por último, mas, um dos pontos principais… A visão do ômega embaçava completamente, com lágrimas quentes e densas se formando ali dentro. 

     E então, tudo se desfez.  

   O orgasmo de Louis veio com uma força brutal, arrancando-lhe um gemido sufocado e necessitado, enquanto seu corpo se arqueava contra o colchão. Ele apertava os olhos e sentia aquela sensação confusa, uma mistura de dor prazerosa e satisfação, esvaziar junto as lágrimas. Seu membro pulsou, derramando-se quente e espesso nos lençóis abaixo de si, o líquido viscoso e branco se espalhando, sujando a pele suada de sua barriga. O atrito contra o tecido apenas intensificava as ondas de prazer que percorriam sua espinha, seu corpo tremendo sob Dominic. Seus lábios liberavam ruídos de prazer satisfeitos e manhosos, suplicando pelo alfa, pelo seu nome, enquanto aquelas lágrimas quentes escapavam devagar dos seus olhos.

  Não era sempre que Louis entregava o seu ponto máximo de prazer em lágrimas. O alfa sabia.

     A súbita contração apertada da entrada de Louis foi o que quebrou Dominic e o alfa perdia o rumo.

    O alfa soltou um rosnado rouco, praguejando pesado enquanto suas mãos seguravam os quadris de Louis com força, no momento em que ele se enterrava fundo uma última vez. O prazer o atingiu como uma descarga elétrica, seu membro pulsando ferozmente dentro de Louis enquanto o preenchia com jorros quentes e espessos de seu gozo. Dentro dele, sem piedade ou prevenção. 

  Dominic permaneceu ali, os olhos cerrados, sentindo cada tremor do corpo de Louis sob si, sentindo-se sugado, espremido, consumido pelo calor insuportavelmente bom do marido, impressionado ao ver seu ômega tão indefeso chorando de prazer… Nossa, aquilo era demais pra ele. 

    Seu gozo extravasou quase de imediato, a posição apertada de Louis, com as pernas fechadas e o quadril empinado, não permitindo que o líquido encontrasse saída fácil. O resultado foi o esperma de Dominic escorrendo lentamente da entrada preenchida, deslizando quente pela pele macia de Louis, traçando um caminho preguiçoso até suas coxas unidas. Era uma deliciosa bagunça.

  O alfa ofegava, os dedos afundados na carne de Louis, sentindo cada espasmo pós-orgasmo do ômega, cada contração involuntária que fazia seu próprio membro latejar dentro dele. Por longos segundos, o alfa apenas permaneceu ali, absorvendo o momento, se movimentando bem devagar… Indo e voltando lentamente… 

    A visão de seu gozo escorrendo de Louis o deixava satisfeito de um jeito perverso. Ele se inclinou sobre o ômega, pressionando beijos lentos contra sua nuca quente, um sorriso satisfeito se formando em seus lábios ao murmurar:

— Tu sais que ce n’est pas fini, n’est-ce pas, mon amour?

     “Você sabe que não acabou, não é, meu amor?” Louis não conseguiu responder, mas entendia perfeitamente o que Dominic dizia, por ser fluente na língua materna do marido, e também, o que aquilo significa entre os dois. Seu corpo ainda tremia, sua mente entorpecida, completamente submersa no prazer. Ele gemia arrastado, baixinho, bem mimado e ofegante. 

  Mas Dominic já sabia bem a resposta, pois o sorrisinho ladino e safado que Louis lhe dava, respondia tudo.

   O alfa pensava que não poderia ter recebido um ômega melhor que aquele, em toda sua vida.

  Dominic não deu muito tempo para Louis recuperar o fôlego. Seu corpo ainda tremia do primeiro clímax, os lençóis marcados pelas provas do prazer avassalador que tinham compartilhado. O alfa estava sim satisfeito, mas não em todas as vezes… No seu máximo de vezes. 

   Com uma tomada de movimento ágil, Dominic sentava confortável na cama, pronto para trocar de posições. Ele estapeava a bunda de Louis, que agora, empurrava seu quadril para trás, pronto para ganhar impulso e engatinhar até o loiro. O moreno olhava Sherwood com desejo, sorrindo pervertido, nem tendo ideia de que as suas bochechas avermelhadas pelo atrito do colchão tornava tudo ainda mais excitante para o mais velho. 

   Ao se aproximar, o ômega arfou quando sentiu as mãos firmes do alfa segurando sua cintura, guiando-o até que suas pernas se acomodassem ao redor do corpo forte de Dominic. A nova posição o fazia sentir tudo de uma maneira ainda mais profunda, como se Dominic estivesse pronto para ficar cravado dentro dele sem deixar espaço para nada além do desejo crescente de ambos. O membro ainda enrijecido do alfa, abandonado em sua virilha e encostando quase próximo ao umbigo, denunciava o que ele precisava daqui pra frente.

   O loiro se inclinou para trás, apoiando o peso do próprio corpo sobre uma das mãos no colchão, deixando a outra completamente livre para explorar Louis como quisesse. Seus dedos deslizaram pelas coxas firmes do ômega, subindo lentamente até sua bunda, apertando a carne macia com um domínio possessivo, mordendo os lábios ao se deliciar do moreno diante de suas mãos.

— Agora eu quero ver você faça o que sabe fazer de melhor, Lou. — O tom rouco de Dominic fez um arrepio correr pela espinha de Louis.

   Louis mordeu os lábios, já sentindo o membro do alfa pulsando contra sua coxa, ainda inchado, quente, pronto para continuar sem descanso. Com um gemido baixo, ele ergueu o membro do alfa nas mãos e o conduziu até sua entrada, e aquele percurso fazia o alfa gemer ansioso. Ele sempre foi muito expressivo, e a junção daquela mesma característica com Louis, tornava as coisas ainda melhores.

  Quando Louis se encaixou perfeitamente, ele começou a se mover. A primeira descida foi lenta, arrastando cada centímetro do alfa contra suas paredes apertadas, o atrito delicioso fazendo seus olhos se fecharem. Dominic soltou um gemido grave, a cabeça caindo para trás, seus dedos cravando-se na pele de Louis ao sentir o aperto arrastado do ômega ao redor dele.

— Porra… assim, isso… — Dominic murmurou entre dentes, as pálpebras pesadas de prazer. — Tão apertado, tão quente… Porra, Louis. — O loiro gemia um tanto desconcertado, voltando a abrir os olhos e encarar onde tudo acontecia. Louis arfou ao ouvir aquilo, o corpo queimando ainda mais de necessidade.

— É tudo seu, Nickie… — O ômega dizia com a voz suave e um pouco rouca, pegando impulso e sentindo suas coxas tremendo de esforço

    Os primeiros movimentos foram intensos e controlados, subindo e descendo de maneira ritmada, usando as próprias pernas para se impulsionar contra Dominic. Cada vez que se encaixava por completo, sua entrada se ajustava de forma perfeita ao membro do alfa. O loiro não conseguiu mais se conter. Com um movimento firme, ele agarrou a bunda de Louis e estapeou-a com força, fazendo o ômega gemer alto, a voz embargada, necessitada e manhosa. O impacto fez seus músculos internos se apertarem violentamente ao redor do alfa, que soltou um grunhido rouco, os olhos semicerrados.

— Ah, amor… — Dominic soltou uma risada ofegante, os olhos semicerrados enquanto sentia a pressão avassaladora ao seu redor. — Eu poderia te foder assim pelo resto do dia… 

  Louis apenas gemeu em resposta, acelerando os movimentos, agora mais desesperado. Cada descida fazia seus corpos se chocarem, o som da pele suada encontrando-se ecoando pelo quarto. Dominic sentia tudo, cada contração, cada espasmo involuntário do ômega ao redor dele, cada pequeno tremor que denunciava o quanto Louis estava perto de perder o controle novamente.

      O alfa deslizou a mão até o quadril de Louis, apertando-o com força antes de estocar para cima de repente, em um ângulo profundo e certeiro, atingindo em cheio um dos pontos mais sensíveis do moreno. Louis gritou, seus olhos pesados e sobrancelhas apertadas, enquanto um espasmo violento percorria seu corpo.

— Isso, eu vou te dar tudo que você gosta… — O ômega sussurrou contra a pele da bochecha de Dominic, os lábios entreabertos, o suor escorrendo pelo corpo.

— Você vai? — Dominic provocou, sua voz baixa e carregada de luxúria, encarando os olhos azuis do marido.

— Sim, eu vou… — Louis gemeu, os olhos brilhando, a expressão sôfrega e totalmente entregue ao alfa, apertando com força os ombros musculosos do loiro. O ômega não precisou de mais incentivo, ele sentia Dominic lhe segurando com mais força, cravando os dedos na sua carne enquanto o moreno se movia freneticamente para cima e para baixo, num ritmo implacável, levando Dominic ao delírio.

      O prazer se acumulava, o calor subindo pela espinha, queimando cada nervo exposto. Dominic rosnou contra a pele do ômega, sentindo a entrada apertada de Louis pulsando ao redor dele, enquanto o prazer era propagado ao longo de todo o seu membro pulsante. Ele sentia o calor acumulando-se na base de sua coluna, o prazer construindo-se até o ponto de ebulição. Sua respiração estava pesada, seu prazer se construindo cada vez mais desesperado e tão intenso quanto o primeiro orgasmo. Cada sentada lhe  atingia intenso, enquanto o aperto de Louis ao seu redor o puxava para o abismo.

— Porra… — Dominic grunhiu, sua voz grave e rouca.

      Então, com um último impulso profundo, ele se enterrou completamente dentro de Louis, sentindo o segundo orgasmo rasgar seu corpo. O gozo veio em jatos fortes, espessos e intensos, preenchendo Louis uma segunda vez. O ômega soltou um gemido longo e arrastado ao sentir o calor escorrer dentro de si, sua entrada sugando cada gota, seus músculos internos apertando Dominic como se quisessem espremer tudo dele.

       O loiro não parou e continuava gemendo em frenesi. Ele segurou Louis contra si, mantendo-se encaixado, sentindo cada pulsação do seu membro se esvaziando aliviado, cada contração, cada mínima resposta do corpo do ômega em cima de si. 

       Ainda havia mais um terceiro e último orgasmo de Dominic para vir. E Louis estava pronto para ser completamente arruinado. 

       Ele estava exausto, sua pele pegajosa de suor, seus músculos trêmulos, mas sabia que o corpo do marido pedia por mais. Ele também queria sentir aquilo. O jeito como Dominic ainda pulsava dentro dele, sem sair, sem sequer permitir que seu gozo escorresse para fora, mantinha cada nervo do seu corpo em estado de alerta. Os gemidos do loiro eram obscenos demais, entregues demais… Louis sentia que podia entrar em colapso a qualquer momento, e claro, seus olhos voltavam a arder. Tomlinson subia e descia bem devagarinho, porque sabia que Dominic gostava, sentia prazer em prolongar o próprio orgasmo aos poucos. 

     Louis, então, arfou contra a pele quente de Dominic, sua testa encostada no ombro do marido enquanto sentia cada mínima pulsação do alfa dentro de si. O membro grosso ainda preenchia seu interior por completo, quente, tenso, preso fundo demais, sem deixar sequer uma gota do líquido espesso escapar. A sensação era agonizante, cada contração involuntária sugava Dominic ainda mais, segurando-o, mantendo-o encaixado como se o próprio corpo de Louis se recusasse a deixá-lo ir.

  Ele sabia que precisava soltá-lo.       

  Precisava sentir tudo escorrer para fora, sentir seu interior finalmente se aliviar da quantidade absurda que Dominic havia despejado dentro dele. Mas ainda não conseguia. O alfa ainda tremia sob ele, o peito arfando, sua pele suada e pegajosa contra a de Louis, como se estivesse preso naquele momento de prazer absoluto.

   Os gemidos roucos do marido o deixavam tonto.

  A boca entreaberta, os olhos pesados de exaustão, os dedos ainda apertando seus quadris como se não quisesse deixá-lo sair. Louis sabia o que Dominic gostava, sabia como fazê-lo aproveitar até a última gota do próprio orgasmo. Então, moveu-se bem devagar, apenas o suficiente para estimular o alfa ainda mais.

  O loiro gemeu alto, um som obsceno e sôfrego, e Louis estremeceu ao sentir outra pulsação pesada dentro de si. Era muita coisa.

  Louis sentia seu ventre cheio, pesado, quente demais, mas sabia que Dominic ainda tinha mais para lhe dar. Ainda tinha mais para preencher. Ele subiu e desceu devagarinho, os movimentos curtos, prolongando a sensação ao máximo, ouvindo os gemidos arrastados do marido, sentindo o corpo trêmulo sob o seu.

   E então, com um estalo molhado e preguiçoso, o membro de Dominic finalmente deslizou para fora. Louis gemeu arrastado ao sentir o vazio tomar conta de si, os músculos internos se contraindo em espasmos involuntários ao perderem o aperto forte do alfa dentro dele. Mas a verdadeira sensação veio no instante seguinte.

 O gozo espesso escorreu lentamente para fora, quente, denso, impregnando cada centímetro da pele sensível de Louis enquanto deslizava preguiçosamente entre suas coxas abertas. O som molhado e indecente preencheu o quarto abafado, fazendo Dominic soltar um gemido arrastado, os olhos semicerrados enquanto observava seu próprio prazer vazar do corpo do ômega, escorrendo lentamente até pingar no lençol branco bagunçado.

    Louis reagindo estremecendo, a sua respiração descompassada, os olhos ardendo com a intensidade da sensação. Ele ainda se sentia cheio, ainda sentia Dominic dentro dele, mesmo que o alfa não estivesse mais encaixado ali. 

    E então, o alfa percebeu.

   O membro rosado do seu ômega esquecido entre os dois, pulsava dolorosamente contra o abdômen suado do marido. A sensação de tudo escorrendo para fora, de Dominic ainda latejando contra ele, fez um tremor sacudir seu corpo. Sua pele estava pegajosa, febril, sensível demais. Dominic soltou um riso rouco e preguiçoso contra a pele de Louis, arrastando a ponta dos dedos pela cintura do ômega, sentindo o tremor involuntário que percorreu seu corpo.

— Olha só pra você… — O alfa murmurou, a voz carregada de luxúria exausta. — Está esperando por mim, não está? — Louis engoliu seco, seu corpo clamava por um segundo orgasmo, mas, acima de tudo, ele queria se perder dentro de Dominic ao senti-lo chegar no seu último e sequencial prazer. O último sendo um dos mais fortes e brutais. Tomlinson precisava reunir uma nova, e última, onda de disposição. 

      Ele sentia como era bom amar aquele homem, como era bom ter aquele alfa tão disposto, praticamente insaciável. Como era deliciosa aquela energia que Dominic tinha. Natural e cotidiana, que caracterizava o hut de alfas comuns – e até quem sabe, hut de possíveis Lupus desacostumados. Dominic era perfeito, sua energia se encaixava tanto a de Louis, e agora, o moreno podia entender, em fração de segundos, o motivo pelo qual o loiro confessou para ele não se sentir oprimido ou envergonhado por também ser assim. 

 Muito provavelmente com qualquer outro homem que não fosse seus dois maridos, Louis seria muito frustrado e infeliz, só por não conseguir ser ele mesmo.

     Louis e Dominic se encaravam por um instante. Eles queriam mais. Queriam o último.

    O alfa ainda pulsava contra a pele do ômega. Grosso, quente, ainda endurecido mesmo após tudo o que haviam feito. Era como se o próprio corpo de Dominic não conseguisse aceitar o fim. Tudo isso porque ele sabia que ainda tinha uma última parada. Uma última parada deliciosa e inata do alfa. Uma característica que ele tinha, se comportando como se precisasse de mais, de novo e de novo, até que não restasse nada além de puro prazer entre eles. O último orgasmo era o fim.

  Louis sorriu preguiçoso e manhoso, mordendo o lábio inferior ao deslizar as mãos pelo peito úmido do marido, sentindo o coração dele martelar sob sua palma.

— E olha só pra você, Dommy… — Louis murmurava em resposta ao que o alfa tinha dito anteriormente. Rebolando devagar sobre o alfa, apenas o suficiente para fazê-lo arfar, ele dizia entre sua respiração cortada. — Ainda me querendo, também esperando por mim, do jeitinho que eu sei bem. — Dominic soltou um gemido baixo, os olhos semicerrados, o corpo inteiro tensionado sob ele. Os dois se beijavam de forma bagunçada e ofegante por alguns segundos.

— Você sabe o que faz comigo, Louis… — Dom resmungou, a voz rouca, preguiçosa, exatamente do jeito que ele sempre ficava após dois orgasmos sequenciais, na procura do último. — Sabe que eu nunca vou conseguir me saciar de você… — Louis apenas sorriu.

     E então, sem aviso, ele segurou o membro de Dominic, guiando-o de volta para sua entrada, que estava bem quente. A pressão foi lenta, torturante, seu corpo se abrindo novamente para recebê-lo, apertando-se ao redor do alfa conforme ele ia afundando pouco a pouco. O som molhado e indecente ecoou pelo quarto abafado, arrancando um grunhido rasgado dos lábios de Dominic. Ele iria ficar louco, sentia sua cabeça girando.

— Porra, céus… — O loiro praguejou, a cabeça caindo contra o travesseiro, os dedos cravando-se na carne da cintura do ômega. — Você vai me matar desse jeito, Louis, inferno…

    Louis sorriu baixinho contra a pele quente dele, a excitação crescendo ainda mais ao vê-lo tão perdido no próprio prazer. O ômega fincou os pés no colchão, ajustando-se sobre o colo do marido antes de empurrar Dominic para baixo, mantendo-o firmemente contra a cama. O alfa deixou escapar um gemido entrecortado, os olhos escurecendo ainda mais ao ver a forma dominante com que Louis se movia sobre ele. E então, o moreno espalmava suas duas mãos na barriga de Dominic e começou a se movimentar.

  Cada descida era intensa, precisa, como se Louis estivesse explorando cada espaço do alfa dentro de si. De novo. O prazer era absurdo, esmagador, fazendo Dominic ofegar sôfrego e praguejar baixinho enquanto sentia o ômega se encaixar nele de forma perfeita, como se tivesse sido feito apenas para aquilo.

    O ritmo foi aumentando, os movimentos ficando cada vez mais desesperados, mais famintos. O som de suas peles molhadas se chocando ecoava no quarto, misturado aos gemidos necessitados de ambos, cada um mais entregue do que o outro. Louis manhoso e Dominic suplicante. O loiro tentava falar, tentava dizer algo, mas as palavras morriam em sua garganta toda vez que Louis rebolava de forma precisa, arrancando dele gemidos arrastados e entrecortados.

— Ah, amor… — O alfa arfou, os olhos semicerrados, a cabeça girando em ondas no próprio pensamento. — Isso… desse jeito, amor… Tão bom…  

      Louis mordeu o lábio, sentindo um arrepio percorrer sua espinha com aquelas palavras, e principalmente, por entender o motivo do seu marido estar tão confuso e inebriado abaixo de si. O ômega estava completamente no controle, dominando o prazer do marido do jeito que ele queria: esparramado, folgado, recebendo tudo o que gostava, sentindo do jeito mais delicioso que apreciava, deixando com que Louis levasse-o ao limite como nunca antes. Dominic gemeu alto, sua cabeça se enterrando contra o travesseiro, seus dedos apertando ainda mais a carne do marido.

— Eu te amo… — Dominic arfou, a voz falha, rouca, desconexa, como se seu cérebro estivesse se dissolvendo em prazer. — Porra, Louis… eu te amo tanto… — Louis gemeu baixinho, sentindo o coração disparar com aquela confissão tão sincera, tão entregue, tão quente e intimista.

— Je t’aime aussi, Nickie… — “Eu também te amo, Nickie”. Louis provocou o marido gemendo em francês, descendo sobre ele mais uma vez, apertando-se ao redor dele de propósito. 

  O ritmo continuava implacável, os corpos em um frenesi desesperado, as respirações entrecortadas pelo prazer insuportável. Dominic, que antes mantinha o controle, agora se via perdido, afundando no calor sufocante de Louis, sendo consumido pelo aperto luxuriante que não o deixava escapar.

  Ele sentiu quando a respiração do alfa tornou-se errática, quando seus dedos antes dominantes apertaram sua pele com desespero, quando um gemido quebrado escapou dos lábios entreabertos de Dominic. O ômega sorriu, suado, a pele febril e os olhos semicerrados enquanto se inclinava para a frente, roçando os lábios molhados na boca entreaberta do marido.

— Está assim tão desesperado por mim, Dommy? — Louis sussurrou contra sua pele, sentindo o alfa tremer sob ele. — Tão perdido que não consegue nem abrir os olhos?

   De repente, o loiro levantou o tronco, segurando Louis contra si — este ainda se movendo na mesma posição – e inclinando o ômega levemente para trás, criando um ângulo perfeito. E então, como reflexo, o homem começou a estocar Louis de baixo para cima. A primeira investida foi tão profunda que Louis soltou um grito arrastado, seus olhos apertando-se enquanto seu corpo inteiro se arqueava. Dominic não lhe deu tempo para se recuperar, ele agarrou suas coxas e continuou, suas investidas rápidas e brutais, cada movimento arrancando um gemido incontrolável do ômega. Louis agarrou os ombros do alfa, suas unhas cravando-se na pele quente e suada, tentando encontrar algum tipo de estabilidade enquanto era tomado sem piedade, na mesma posição, de pés fincados no colchão.

— Louis… — Dom gemeu, a voz baixa, sôfrega, um pedido implícito na rouquidão, totalmente perdido. O ômega deslizou as unhas pela nuca do marido, puxando os cabelos curtos com leveza, obrigando-o a encará-lo. Olhos completamente vermelhos. Ele estava em êxtase.

— Vem pra mim, Nickie… — Louis murmurou, o quadril rebolando devagar sobre o alfa, fazendo-o soltar um rosnado entrecortado e possessivo. — Vem pro seu Lou. — Dominic grunhiu, seus olhos semicerrados, os lábios entreabertos, a pele ardendo sob o toque de Louis. Seu corpo inteiro estava tenso, um fio esticado à beira do colapso.

— Quero tanto… — Sherwood arfou, os dedos apertando as nádegas do ômega, tentando empurrá-lo mais fundo contra si. — Quero tanto me perder dentro de você… porra, Louis…

— Então vem, meu amor… — Louis gemeu, sentindo Dominic se afundar mais quente, ainda mais fundo dentro dele. — Me sente sendo todo seu e te esperando. — Dominic jogou a cabeça para trás de novo, os lábios se abrindo em um gemido arrastado.

— Porra… porra, Louis… — Ele grunhiu, sua voz falhando, as palavras saindo quebradas entre arfadas e tremores. — Eu vou… vou… — Louis sorriu e voltava a gemer junto, pois também sentia um prazer absurdo. Ele agarrava os ombros do alfa e quicava com mais intensidade, os olhos brilhando de malícia e desejo.

— Vem pra mim, Dom… Vem me implorando… Me pedindo por mais… — Ele dizia com a voz doce, entrecortada por gemidos sôfregos e necessitados, sentindo seus fios de cabelo grudando em sua testa. 

  O alfa não resistiu. Com um gemido alto e rouco, Dominic finalmente se perdeu. Seu corpo inteiro estremeceu violentamente, seus dedos agarrando Louis como se sua vida dependesse disso. O prazer o rasgou de dentro para fora, uma onda destruidora que o levou ao limite. Ele arfou, os lábios entreabertos, a expressão perdida enquanto o ápice o dominava com força avassaladora, gigantesca, imensa.

    Louis não ficou atrás. O calor do marido dentro dele, os tremores incontroláveis, a forma como Dominic se entregava a ele sem reserva, tudo aquilo foi o suficiente para arrastá-lo junto. O grito do ômega misturou-se ao gemido desesperado do alfa, seus corpos estremecendo juntos, seus orgasmos se sobrepondo em um êxtase arrasador. Dominic sentiu cada pulsação interna de Louis sugando-o, prendendo-o, levando-o à exaustão enquanto ele esvaziava tudo dentro do ômega. Os tremores demoraram a cessar.

— Ah… Dommy… — Louis soluçou entre os gemidos e voltava a chorar de novo. Sua voz falhando com o prazer esmagador. Dominic estapeou sua bunda de novo, sentindo-a vibrar em sua palma antes de deslizar os dedos até a entrada do ômega. 

    Ao então tocar a região, ele encontrava, com a ponta dos dedos, seu próprio membro e o sentia subindo e descendo, não sabendo ao certo de onde vinha a temperatura quente, se era dele ou de Louis. Lá, Dominic podia sentir o próprio gozo escorrendo. Nessa última vez foi em quantidades grandes demais para esperar ele deslocar e extravasar. Ele simplesmente ultrapassava o limite e vazava pela entrada e todo o membro de Dominic.

— Você está tão cheio de mim, amor… — Dominic murmurou contra sua boca, lambendo os lábios de Louis antes de sugá-los em um beijo molhado e intenso.

  Louis gemeu contra a boca do alfa, sentindo as lágrimas quentes se rolando ao longo das próprias bochechas. O seu corpo rebolava instintivamente, tentando desesperadamente prolongar aquele contato. O jeito como Dominic o preenchia agora era insuportavelmente bom, ele sentia o membro grosso roçando em cada ponto sensível dentro dele, o atrito perfeito entre o apertado e o indulgente. O alfa deslizou a mão entre os corpos, envolvendo o membro de Louis, que estava rijo e latejante, completamente ignorado até agora, lhe dando também uma última atenção para prolongar o prazer que ambos sentiam, e prolongar os jatos de esperma que Louis também emitia suplicante, continuando a emitir seus soluços de prazer.

  O quarto ficou em silêncio por alguns segundos, quebrado apenas pelo som de suas respirações pesadas. Dominic ainda segurava Louis, seus corpos grudados, suados, exaustos. A respiração pesada de ambos preencheu o quarto abafado, os corpos desabando um sobre o outro, sem forças para continuar qualquer movimento. Dominic permitiu-se cair contra o colchão, os músculos relaxando por completo, a exaustão tomando conta de si. Louis seguiu seu movimento, deixando-se desabar sobre o peito quente do marido, sua respiração entrecortada, os soluços silenciosos ainda ecoando em sua garganta.

   O alfa deslizou a mão até o rosto de Louis, enxugando delicadamente as lágrimas que ainda escorriam por suas bochechas. Ele estava um tanto orgulhoso por fazer o ômega chorar daquela forma em meio ao sexo, pois sabia que, não era sempre que acontecia. Tomlinson desabou sobre o peito arfante do marido, os corpos quentes e úmidos, os corações disparados em sincronia.

— Você é tão lindo assim… — Dominic murmurou, a voz ainda rouca pelo esforço, os olhos cansados, mas cheios de carinho. Louis sorriu fraco, os lábios ainda trêmulos ao se inclinar para beijar o marido. 

     O toque foi suave, preguiçoso, cheio de amor e gratidão, um contraste perfeito com toda a intensidade que haviam compartilhado durante longos minutos atrás. Eles permaneceram assim por alguns instantes, apenas respirando juntos, sentindo a pele quente um do outro, sem pressa de se mover.

— Eu te amo muito… — Louis sussurrou contra a boca dele, num tom de segredo, os dedos deslizando preguiçosamente pelo rosto suado do alfa. Dominic sorriu, apertando-o contra si, seus corações batendo em um mesmo ritmo agora desacelerado.

— Eu também te amo, baixinho… Só não amo a ideia de ter que levantar daqui a uns minutos e arrumar essa bagunça… — Ele respondeu divertido, arrancando um sorriso cansado de Louis. Os lábios vermelhos do loiro roçaram na testa úmida do ômega antes de fechar os olhos e deixar um selinho na pele suada dele.

— Você… — Louis começou, mas a voz falhou, tão quebrada quanto seu corpo devastado pelo prazer. Ele riu, fraco. — Você me deixou destruído, tô exausto… — Dominic sorriu baixo, satisfeito ao ver Louis tão entregue, completamente arruinado contra seu peito. Ele deslizou os dedos preguiçosamente pela curva da cintura do ômega, sentindo os resquícios do que haviam compartilhado ainda escorrendo entre suas pernas. Aquela confissão fazia parte da rotina deles, mas, Dominic sabia que Louis aguentaria muito mais… Bem mais do que eles tiveram.

— Só assim pra você entender o quanto eu gosto de te dar prazer… — Ele murmurou, a voz ainda embargada, quente e carregada de malícia. — Não importa quando, nem sob quais circunstâncias… Eu sempre vou querer fazer isso com você. Sempre vou te levar ao limite, e então, quando você achar que não aguenta mais… — Dominic deslizou as mãos lentamente pelas costas úmidas do marido, traçando pequenos círculos com a ponta dos dedos. — Vou te dar um tempo de descanso… umas horas, talvez uns dias… E aí, amor, eu vou te foder de novo. Ainda melhor.

    Louis estremeceu contra ele, um suspiro e sorriso tímido escapando de seus lábios, mesmo com seu corpo completamente esgotado. Tomlinson não era diferente.

— Você é insaciável… — O ômega resmungou, a voz fraca, mas ainda assim cheia de diversão. Dominic sorria divertido baixinho, beijando sua têmpora de forma preguiçosa, várias vezes.

— Só quando se trata de você. — Louis bufou uma risada cansada e deslizou uma das mãos pelo peito suado do marido, seus dedos traçando padrões aleatórios contra a pele quente e branca. 

      Eles ficaram assim por mais alguns instantes, aproveitando o calor um do outro, os corpos ainda entrelaçados, suas respirações tranquilizando aos poucos. Mas então, o cheiro de suor e sexo impregnado no quarto fez Louis reunir coragem.

— A gente precisa levantar… — Ele murmurou, sua voz ainda grogue. Dominic resmungou algo ininteligível, mantendo um braço forte ao redor do ômega, como se recusasse a soltá-lo.

— Daqui a pouco… — O alfa murmurou contra seus cabelos, mas Louis apenas riu, tentando se afastar.

— Não, agora. Antes que esse lençol fique ainda mais sujo. — Dominic abriu um dos olhos, observando-o com preguiça e então soltou um longo suspiro, finalmente soltando o marido.

— Tá bem… Mas só porque eu não quero dormir em uma poça de bagunça. — Louis revirou os olhos, mas dando um sorriso brincalhão em seus lábios, enquanto ele se sentava com um pouco de dificuldade. Seu corpo ainda estava sensível, os músculos doloridos pelos esforços, mas a sensação era boa.

     Dominic o seguiu, estalando os ombros ao se espreguiçar, antes de puxar todos os lençóis e fronhas sujas, pronto para leva-los de encontro ao cesto de roupas sujas no banheiro, e quando eles terminassem o banho, levá-los para a lavanderia. Ele se levantou da cama primeiro, puxando Louis pela mão.

— Vem, baixinho… Vamos pro banho antes que eu mude de ideia e te jogue nessa cama de novo. — Louis riu, seguindo-o até o banheiro, seus corpos ainda aquecidos um pelo outro.

     E, mesmo exausto, ele sabia que Dominic não estava brincando. Ele realmente faria tudo de novo. Ainda melhor. Mas, só em breve.

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